quarta-feira, junho 21, 2006

Onda média...

Estou numa boa
Numa onda amena
Penso em Lisboa
Vêm-me logo aquela cena

Bairro na mente
Na ideia de ir curtir
Noite diferente
Vamos lá sair

Deixar este sossego
Procurar agitação
Ganhar desapego
Ganhar emoção

Partimos às dez
Como combinado
Com fogo nos pés
Estamos no Chiado

Venha de lá a jola
Estou a ressacar
Oiço uma viola
Ali naquele bar

Ouve é skazada
Que onda mais bacana
A jola está gelada
A malta está bezana

Roda aí o Bob
Exclama um de nós
A música sobe
Ao som da nossa voz

Duas chavalas
Juntam-se à festa
Com qual falas??
Eu falo com esta

Olha-me com fome
Com olhos de gata
Beija e consome
Quase desidrata

Na hora de sair
Peço-lhe o contacto
Vejo-a sorrir
E retribuo o acto

Volto à onda inicial
Numa de malhar
Esta cena bestial
Está quase a acabar

Regresso para cá
A malta a comentar
A gaja blá blá blá
Vais-lhe telefonar?

Nego-me a responder
Acendo um cigarro
Finjo não saber
Até sair do carro

Chegado a casa
Recebo uma mensagem
Daquela mesma brasa
Mas que viagem

terça-feira, junho 13, 2006

Vis attractiva...

Na mente uma menina
No corpo uma impressão
Bate forte o coração
Desta forma de vida
Só e desarmada
Ainda vacila
Pensar senti-la
É uma facada
...

Fraco, dormente
Sente-se frágil
Não consegue ser ágil
Pois desespera
Longa caminhada
Aguarda este ser
Que soube prever
Mui forte estalada
...

Mesmo sabendo
Da dita crise
Comete um deslize
E deambula
Resta é saber
Como acabará
Se a estrada o levará
Ou o vai surpreender