quarta-feira, abril 26, 2006

Anseios púberes...

Dizem que a vontade humana
Tudo pode se for a valer
Porém dou por mim semana após semana
A perder todo o meu poder

Não cesso de almejar
Não desisto desse objectivo
Não escondo este amar
Não cessa esta dor que confirma que vivo

Sou mais um comum mortal
Com a mesma triste condição
De sofrer deste terrível mal
Que me destroça e corrói o coração

Só espero que este sofrer não seja vão
Só quero que as forças não me faltem
Para conseguir esse amor então
E as minhas veias se exaltem

Aí a vida fluirá sem cessar
Por todos os poros deste fóssil
Deste ser morto, mas a respirar
E este híbrido sofregante tornar-se-á dócil

O mundo deixará de ser uma mera muleta
E nele voltarei a encontrar beleza
A minha vida deixará de ser uma russa roleta
E a alegria tomará o lugar da tristeza

segunda-feira, abril 17, 2006

O Fado nem sempre é justo...

Sendo eu um confesso não admirador de telenovelas portuguesas não seria de esperar que eu viesse prestar esta homenagem ao jovem Francisco Adam, da minha idade, da minha geração... Um jovem cuja vida foi ceifada antes do tempo, um jovem com um futuro risonho à sua frente... Quando soube fiquei chocado, ainda me custa acreditar, vê-lo agora na televisão magoa e põe-me a reflectir na vida, a pensar em aproveitar todos os dias ao máximo, incerto de que Fado tenho reservado pra mim também... Poucas vezes via a telenovela, mas das poucas vezes que o fiz, era com este jovem, que tive o prazer de conhecer pessoalmente, com quem me ria mais... Proporcionou-me momentos de risada, o seu personagem, que reflectia um pouco de si também, era hilariante e será sempre essa a recordação que guardarei deste meu conterrâneo, um jovem torreense...
A última recordação que tenho tua é de jogarmos à bola, lembras-te Chico?? Quando chegar a minha hora fazemos uma partida.
Um abraço, um até sempre...