segunda-feira, abril 14, 2008

Semper et ubique...

Era uma vez... Não, não vai ser bem assim, vai ser mais do género desta vez é para ser diferente... Ou não... De qualquer forma o que quero deixar bem assente é que no estado em que o mundo, e particularmente Portugal, se encontram é difícil acreditar em algo, é difícil ter esperança, é difícil levantar-mo-nos de manhã com um sorriso. Não há tempo para a a família, não há tempo para os amigos, não há tempo para sorrir. O tempo, o tempo, o tempo é uma chatice não é? O tempo é dinheiro, o tempo é trabalho, o tempo é sono, o tempo já foi amigo e agora não o é. Andamos agarrados a uma existência automática e mecanizada desprovidos de liberdade, condenados a um sistema instaurado para enriquecer alguns e que nos inunda de promessas em revistas côr-de-rosa, de telenovelas que nos mostram uma realidade ideal carregada de nada, sem valores, sem moral, sem história, que se escreve à mediade que se descobre o que prende audiências. Um mundo onde estamos tão sitiados pela informação que nem os nossos pensamentos são livres na grande maioria do tempo(lembram-se dele?). É ainda mais triste verificar que cada vez mais cedo na vida dos jovens se pretende incumbir-lhes esse tipo de estilo de vida onde o respeito não é mais que um conto que passou de moda pois o que conta e realmente importa é a roupa, o telemóvel e parecer giro e rico. Pois bem meus amigos ser e parecer são duas coisas completamente diferentes e parecer rico e giro tira-nos o precioso tempo(esse do qual escrevo) para realmente nos tornar-mos ricos em valores e conhecimento, aquilo que basicamente nos trouxe até esta época tão tecnologicamente evoluída e cheia de comodidades e que sem dúvida são agradáveis, o problema é que custam caro, custam às vezes tão caro quanto a réstia de humanidade que reside em alguns de nós. Pois bem acho que devo lembrar-vos com a ajuda de uma, não muito conhecida banda portuguesa, que "...bens materiais e outras coisas mais servem pra nos distanciar-mos demais, bens essenciais nunca são demais...". Um dos mais importantes bens essenciais chama-se humanidade. Pensem nisso.

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