A todos que gostavam que eu cá tivesse vindo escrevinhar mais vezes nos últimos meses o meu obrigado e as minhas desculpas por não o ter feito.
Não senti que fosse necessário e mesmo hoje apenas aqui vim para dizer: "Presente!"
E mais umas coisitas, desta feita em inglês, porque me apetece:
I would like to think that the world is that idilic special place created by a superior identity who brought life on all of us by breathing over clay. A place were we can be happy if we always do the right thing. But what really happens is that that's a big load of crap and happiness is not easily obtained and it's not a purpose or a goal. Happiness is a felling we get every once and a while contrasting with all the god damned, crazy ass, mother fucking moments we get most times of our lives. This is reality, either you're bad or good you're gonna get screwed over and over again but only if you let the system, if you let all the vultures, all the fucking hienas, drain the life outta you by taking all the product of your work and give you 5% of what you do (and this is if you're lucky). The real world we find ourselves in once we leave that dream factory we all call college is hard, it's filled up with incompetent people who just know how to suck up better than you. If you lack pride, if you are ready to sell your soul, if you feel no one will judge you for what you do professionaly this is the world for you. You are never ready for the impact this kind of every day handling processes can cause to your ethics, to you're pride, to your self respect. You must never lose your temper, your sanity, however it's not easy to take, this if you, like me, are one of the last people of this earth with principles. Even so I face this as a stage of my life which will soon be over due to my unexpected perseverence in reaching happy moments, those happiness peaks life still keeps for all all of us. If you don't like what you do just fucking change your life. I will fucking surely will. This is what I wanted to share with you after these silent months, for some a big load of shit for others it might still save their sanity, at least unlike me they had someone warning them about the perversion the world can be. Cheers mates!!
segunda-feira, outubro 19, 2009
terça-feira, junho 23, 2009
Tradidit mundum disputationibus corum...
A natureza humana por vezes parece clara e tão básica mas em oposição por outras parece tão imprevisível, indefinível e intangível. É nestas inconstâncias que a metáfora da nossa volatilidade inteligível toca o poético facto de descendermos dos astros. Hoje o que é uma certeza absoluta amanhã é a mais cruel e nefasta mentira o que faz com que essa contradição pareça por vezes um milagre e outras um absurdo. Ora de milagres e de absurdos se fez o mundo ocidental no qual vivemos e do qual somos produto. Já não parece tão poético, mas não será poético pensarmos que de um ser consensualmente definido como primitivo que usava pedras como utensílios passámos a um ser que usa computadores? Ou será isto um absurdo, e será errado pensar como evolução a extrema dependência actual em relação a tecnologias em contraponto com o desenrascado e fisicamente apurado ser primitivo? Só o elo que nos liga, o tempo, o dirá. E algo me diz que não será absurdo pensar que o milagre da resposta a esta pergunta está para breve e que se calhar o primitivo continua cá, a pedra é que tem mais e perigosas funcionalidades.
segunda-feira, maio 04, 2009
Sgt. Pepper's veritas...
Numa época de distanciamentos sociais, de tantas fobias geradas pela alienação dos media, o mundo parece carecer de pessoas com sentimentos. Mas não será mostrando que é possível agir de modo diferente da maioria que se pode começar a mudá-la? Não se afigura uma tarefa fácil mas tarefas fáceis são os desafios dos fracos. A educação, civismo e civilidade são qualidades e como tais não fazem mal nenhum e só valorizam cada um de nós. Digo-vos isto numa altura, penso, crucial para o dizer pois numa fase da evolução em que o acesso a informação é ilimitado é importante sublinhar que conhecimento, não deixando de ser fulcral para se vingar neste mundo hostil, também não é tudo. Do mais velho ao mais novo há uma série de esforços ao nível do comportamento que urgem ser feitos para alterar mentalidades tacanhas, egoístas, mesquinhas e sobretudo fúteis que minam e mancham a nossa sociedade. Hoje em dia vive-se stressado com um sem número de situações quotidianas perfeitamente evitáveis se quem nos rodeia soubesse o significado da palavra respeito e principalmente quem mais o exige e outrora o merecia (falo dos idosos) hoje em dia é quem pior exemplo dá aos jovens. Há que repensar a forma de educar em casa e nas escolas para que amanhã tenhamos uma sociedade sinónimo de civilização e não acabemos como meras formigas que sucessivamente se ultrapassam e de forma rudimentar libertam feromonas para comunicar enquanto lutam apenas para suportar o trabalho para sustentar um sistema centralizado. Eu não quero nem ser formiga nem viver num formigueiro. Quero crer que após milhões de anos de evolução do Homem este consegue algo mais complexo que ser chapa 4 de uma colónia de artrópodes cuja organização é a mesma desde que os insectos caminham na Terra. Somos capazes de construir coisas belas quando existe harmonia, porque não fomentá-la diariamente? Já dizia um miúdo de Liverpool há 28 anos "Imagine all the people living life in peace".
quarta-feira, abril 15, 2009
Ab absurdo...
Depois de alguma ausência do yours truly resolvi voltar a "postar", não porque me sinta particularmente repleto de vontade de escrever mas porque talvez deva algo a quem me lê e gosta e, porque não, também a quem não gosta. Já diz a música dos Charlie Brown Jr. "...falem bem, falem mal, mas falem de mim...". Enquanto atravessamos um deserto político, económico, enquanto a escassez de abstracção intelectual for um flagelo "kitsh", esse rococó da era moderna onde conta o exagero imagético, pantominalmente sublinhado e o conteúdo, a alma não mais servem senão para vender, a vida ganha uma perspectiva totalmente diferente. A cara de quem nos ladeia na rua, no metro não mais é certa de encerrar em si uma experiência apetecível de absorver quando nos parece apetecível ao olhar. A "máscara" social ganhou uma dimensão tão violentamente hiperbólica que a ausência de carácter deixou de ser um pecado tão grande ou maior do que não se saber vestir. Quando chegamos a este ponto algo vai mal. Não que ache melhor tirar as pessoas do centro comercial e voltar a enfiá-las nas igrejas mas talvez chamar a atenção para algo mais na vida que manter as aparências. Foi só este bocadinho de lixo literário, ou algo terrivelmente sombrio, ou pecaminoso ou, se calhar, agressivamente assertivo que quis partilhar convosco... Um abraço...
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
Ridendo castigat mores...
"Eh pah! Hoje deu-me uma daquelas cenas de tipo... escrever, tás a ver? Uma cena daquelas em que tu pah... tipo... não sei, tás a ver? E desatei para aqui a escrever e isto não pára pah... tipo eu quero parar mas não sou capaz, tás a ver? Parece que tá aqui qualquer cena... Tá a falar comigo!!! AAHAHH!! lol. Isto é capaz de ter sido uma das cenas mais maradas que alguma vez escrevi porque não sei onde vai dar, tipo... Tou a anhar bué... Mas não tou a conseguir e tudo isto porque... o que é que foi mesmo que eu estive a fazer?" - diria um qualquer rapaz numa de dar em humorista para mudar uma beca o tom que por sinal era negativo do seu blog que por sinal era este se escrevesse, não?
domingo, fevereiro 01, 2009
Ultima ratio...
Olhando constelações
Aparto-me da vida
Caravela perdida
Nave de emoções
Fito o distante
Esqueço o mundo
Letárgico e rotundo
Inerte e exasperante
Olhos alheios
Segundos preciosos
Calor assertivo
Esqueço anseios
Silogismos perigosos
Frio destrutivo
Aparto-me da vida
Caravela perdida
Nave de emoções
Fito o distante
Esqueço o mundo
Letárgico e rotundo
Inerte e exasperante
Olhos alheios
Segundos preciosos
Calor assertivo
Esqueço anseios
Silogismos perigosos
Frio destrutivo
quinta-feira, janeiro 08, 2009
Madrugada de Domingo...
Madrugada de Domingo, um fim-de-semana que passa. Um ano novo que começa com tanta indecisão quanta a que me lembro de ter quando acabei o 9º ano. Um ano repleto de possibilidades que diz adeus a outro carregado de infortúnio, miséria, burrice, roubo, depravação e, deixando de falar do Governo de Sócrates, talvez um pouco de amor, felicidade e esperança. Sentimentos que se desvanecem tanto quanto os sonhos que ocasionalmente recordo com carinho, os sonhos que tinha enquanto estava a tirar o meu curso superior, tão superior que a frase mais ouvida nos últimos tempos por todos que o têm é “Você é demasiado qualificado! Não podemos pagar-lhe ordenados de acordo com o seu grau de instrução!”. Mas os sonhos de ser Relações Públicas de uma grande instituição, de abrir uma editora, até mesmo o mais modesto, de escrever um livro, se tornam a cada dia que passa uma maior miragem.
Sinto saudades dos meus tempos de criança em que não passava de um ser reaccionário que se limitava a gostar ou não gostar de algo enquanto sorvia conhecimento como agora bebo ao fim-de-semana para esquecer esta vida de merda que nos reservou o modo de vida ocidental globalizado. Os padrões e metas eram mais elevados, a todos os níveis e em todos os países do globo. Neste momento anda tudo com medo que amanhã o dinheiro que tanto lhes custou a ganhar e que depositaram no banco desapareça pelas artes mágicas do sistema financeiro que tratam as poupanças de muita gente como arredondamentos por defeito.
Querem ter tudo e fazer tudo em grande, no entanto esquecem-se que quanto maior as organizações e maiores as estruturas que gerem pessoas e países pior o resultado final. O truque é simplificar e pensar no mais pequeno ser da sociedade. O recém-nascido é o objectivo que nos traz a este mundo e nos faz continuar, é deixar cá os nossos genes, a nossa herança genética e dar-lhes as melhores condições possíveis para que o façam à geração seguinte. Convém pois pensar na criança e na forma como esta chega à idade adulta. Com que valores queremos que as nossas crianças cresçam e rejam amanhã o mundo no qual nós vamos viver e seremos velhos demais para ter voto na matéria? Com os valores passados por uma sociedade que lhes afasta os pais todos os dias com o trabalho que cada vez mais lhes consome o tempo para a paternidade que é só a coisa mais bela que o ser humano tem o privilégio de poder fazer? Ser pai é mais que um “Ya bute ter um puto!”, ser pai é uma responsabilidade negada pelo trabalho, é uma felicidade negada pelo trabalho, que tolda e cega todo o mundo que quando chega a casa quer é comer e dormir pois vem cansado do trabalho e tem os filhos à espera de os encontrar felizes e disponíveis para o seu papel de pai e de lhes proporcionarem momentos de cumplicidade e de diversão que são todos eles de aprendizagem também mas ao invés ouvem um “Agora não dá!” dia após dia, vítimas de um ciclo vicioso da sociedade do consumo imediato.
Se os problemas começam logo na base de uma fundação não há muito a ganhar em pensar-se primeiro em resolver os do telhado.
Sinto saudades dos meus tempos de criança em que não passava de um ser reaccionário que se limitava a gostar ou não gostar de algo enquanto sorvia conhecimento como agora bebo ao fim-de-semana para esquecer esta vida de merda que nos reservou o modo de vida ocidental globalizado. Os padrões e metas eram mais elevados, a todos os níveis e em todos os países do globo. Neste momento anda tudo com medo que amanhã o dinheiro que tanto lhes custou a ganhar e que depositaram no banco desapareça pelas artes mágicas do sistema financeiro que tratam as poupanças de muita gente como arredondamentos por defeito.
Querem ter tudo e fazer tudo em grande, no entanto esquecem-se que quanto maior as organizações e maiores as estruturas que gerem pessoas e países pior o resultado final. O truque é simplificar e pensar no mais pequeno ser da sociedade. O recém-nascido é o objectivo que nos traz a este mundo e nos faz continuar, é deixar cá os nossos genes, a nossa herança genética e dar-lhes as melhores condições possíveis para que o façam à geração seguinte. Convém pois pensar na criança e na forma como esta chega à idade adulta. Com que valores queremos que as nossas crianças cresçam e rejam amanhã o mundo no qual nós vamos viver e seremos velhos demais para ter voto na matéria? Com os valores passados por uma sociedade que lhes afasta os pais todos os dias com o trabalho que cada vez mais lhes consome o tempo para a paternidade que é só a coisa mais bela que o ser humano tem o privilégio de poder fazer? Ser pai é mais que um “Ya bute ter um puto!”, ser pai é uma responsabilidade negada pelo trabalho, é uma felicidade negada pelo trabalho, que tolda e cega todo o mundo que quando chega a casa quer é comer e dormir pois vem cansado do trabalho e tem os filhos à espera de os encontrar felizes e disponíveis para o seu papel de pai e de lhes proporcionarem momentos de cumplicidade e de diversão que são todos eles de aprendizagem também mas ao invés ouvem um “Agora não dá!” dia após dia, vítimas de um ciclo vicioso da sociedade do consumo imediato.
Se os problemas começam logo na base de uma fundação não há muito a ganhar em pensar-se primeiro em resolver os do telhado.
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