Há dias em que a inércia
Se recusa a desaparecer
Acho que nem na Antiga Pérsia
O tédio era assim, de morrer
Nos dias mais bonitos
Em que apetece fugir
Os nossos quereres são restritos
São-no tanto que parecemos explodir
A cabeça já não alberga tanta vontade
O coração não aguenta tanto desejo
Não sei se será da idade
Mas é isto que vejo
Só quero viajar para outro mundo
Desaparecer deste dia-a-dia aborrecido
Se não fosse aquele desejo profundo
Decerto já teria morrido
Mas aquele desejo profundo perdura
A razão do meu querer ainda vive
Calem a voz da censura
Senão ele não sobrevive
Só me resta esperar pelo final do dia
Pela hora em que a vou rever
Que ela aja como eu queria
E eu finalmente parasse de sofrer
Tenho sede de vida
Quero sentir realização
Estou farto desta existência fodida
Que me corrói e despedaça o coração
quarta-feira, dezembro 21, 2005
sábado, dezembro 17, 2005
Camoniando...
À espera está Leonor
À espera se habitua
Sentada à luz da Lua
Tem na boca um cigarro
Que lhe apazigua a alma
Que a enche de calma
Que a faz pensar na vida
Leonor sente-se nua
Com o corpo ondulante
Esperando o seu amante
Sentada à luz da Lua
Despe o seu casaco
Deixando-se levar p'la noite quente
Sentindo-se dormente
Pela falta de alguém
E enquanto ela amua
Onde está esse alguém agora
Deixando Leonor a esta hora
Sentada à luz da Lua
À espera se habitua
Sentada à luz da Lua
Tem na boca um cigarro
Que lhe apazigua a alma
Que a enche de calma
Que a faz pensar na vida
Leonor sente-se nua
Com o corpo ondulante
Esperando o seu amante
Sentada à luz da Lua
Despe o seu casaco
Deixando-se levar p'la noite quente
Sentindo-se dormente
Pela falta de alguém
E enquanto ela amua
Onde está esse alguém agora
Deixando Leonor a esta hora
Sentada à luz da Lua
quinta-feira, dezembro 15, 2005
Esquiços de uma paixão inacabada...
Olho para o cigarro a arder no chão
Acabei mesmo agora de o atirar
Sinto acelerar o bater do coração
Sinto-o a morrer, como se está a esfumar!!!
Só me consigo recordar de Joana
A sua presença é constante
Não é uma mera recordação mundana
É uma recordação alarmante
Desejo estar com ela
Ambiciono apenas a felicidade
Quero poder vê-la
Almejo essa impossibilidade
A distância parece infinita
Pois é o mar que nos separa
Esse mar que se agita
Esse mar de Manara
Não é só a paixão que me atinge
É também um desejo estridente
Esse desejo que vicia
Esse desejo sempre presente
Não sei se tão cedo a verei
Não sei se será possível
Mas creio que para sempre acreditarei
Que essa felicidade é atingível
Creio que no fim eu vencerei
Quebrarei a barreira
E "a tal" que eu encontrei
Será a minha companheira
Acabei mesmo agora de o atirar
Sinto acelerar o bater do coração
Sinto-o a morrer, como se está a esfumar!!!
Só me consigo recordar de Joana
A sua presença é constante
Não é uma mera recordação mundana
É uma recordação alarmante
Desejo estar com ela
Ambiciono apenas a felicidade
Quero poder vê-la
Almejo essa impossibilidade
A distância parece infinita
Pois é o mar que nos separa
Esse mar que se agita
Esse mar de Manara
Não é só a paixão que me atinge
É também um desejo estridente
Esse desejo que vicia
Esse desejo sempre presente
Não sei se tão cedo a verei
Não sei se será possível
Mas creio que para sempre acreditarei
Que essa felicidade é atingível
Creio que no fim eu vencerei
Quebrarei a barreira
E "a tal" que eu encontrei
Será a minha companheira
quarta-feira, dezembro 14, 2005
Espasmos sentimentais...
Há uma altura na vida em que pensamos nela
Pensamos nela a fundo
Analisamos todos os momentos desta querela
Toda a hora, todo o segundo
Queremos apenas ser amados
Mas como o poderemos ser?
Como, se estivermos sempre amuados?
Onde arranjamos força para viver?
O medo tudo comanda
O medo tudo desafia
O medo põe-nos em debanda
Mas também nos recria
Nem tudo é negativo
Neste nosso labirinto
E também pouco de positivo
Se ganha em continuar faminto
Pois ansiamos por esse momento
Em que nos braços tomamos o nosso amor
Em que nos enchemos de contentamento
Sem reservas nem pudor
No entanto receamos que não seja verdadeiro
Que esse amor seja apenas receio
Apetece-nos gritar com o mundo inteiro
Com a mente vazia e o coração cheio
Mas devemos cegar o nosso coração?
Ou devemos entregar-nos à revelia?
Devemos renunciar à razão,
E apenas viver essa alegria?
O Desejo supera a Vontade
A Razão morre pelas mãos da Paixão
O Fado vence a Inteligibilidade
O Amor prevalece face à Visão
Embora a dúvida subsista
Embora a angústia continue presente
A certeza sobrepõe-se autista
E a alegria invade-nos omnipresente
Pensamos nela a fundo
Analisamos todos os momentos desta querela
Toda a hora, todo o segundo
Queremos apenas ser amados
Mas como o poderemos ser?
Como, se estivermos sempre amuados?
Onde arranjamos força para viver?
O medo tudo comanda
O medo tudo desafia
O medo põe-nos em debanda
Mas também nos recria
Nem tudo é negativo
Neste nosso labirinto
E também pouco de positivo
Se ganha em continuar faminto
Pois ansiamos por esse momento
Em que nos braços tomamos o nosso amor
Em que nos enchemos de contentamento
Sem reservas nem pudor
No entanto receamos que não seja verdadeiro
Que esse amor seja apenas receio
Apetece-nos gritar com o mundo inteiro
Com a mente vazia e o coração cheio
Mas devemos cegar o nosso coração?
Ou devemos entregar-nos à revelia?
Devemos renunciar à razão,
E apenas viver essa alegria?
O Desejo supera a Vontade
A Razão morre pelas mãos da Paixão
O Fado vence a Inteligibilidade
O Amor prevalece face à Visão
Embora a dúvida subsista
Embora a angústia continue presente
A certeza sobrepõe-se autista
E a alegria invade-nos omnipresente
sábado, dezembro 10, 2005
Sei lá, deu-me na telha...
Estou a sentir-me nostálgico, sinto k Santa Cruz chama por mim. A imensidão do mar, aquele azul magnético que lembra o meu primeiro amor, o extenso areal onde muitas vezes me perdi, ora por paixão, ora por mera bebedeira e ora por simples reflexões k duram horas e me parecem fazer crescer, amadurecer, tornar-me gota a gota o homem em k me transformo todos os dias. O som das ondas, esse ruído perfeito k me prende a audição e me transporta ao éter enquanto olho o céu ora azul durante os quentes dias de Verão ora estrelado das noites loucas tb de Verão ou dos calmos fins-de-semana k lá passo. Consigo sentir aquela brisa marítima k me afaga e conforta, consigo recordar aquele pôr-do-sol inigualável. Santa Cruz, sempre este nome ecoando na minha cabeça, sempre a minha referência quando perco o meu rumo. O meu porto seguro, o meu porto de abrigo, o meu "lugar encantado"(obrigado Susana). O meu farol, o penedo do Guincho, imponente, eterno, testemunha de mil momentos, muitos meus, muitos de todos k por lá passaram, quem lá vai nunca esquece, quem nunca lá foi só pode sonhar (e que belo sonho é), quem lá esteve e pereceu no fim decerto recordou esse Olimpo à beira mar plantado. A minha Ítaca, o meu Brei Zion, o meu destino final.
terça-feira, dezembro 06, 2005
Ba...
Como é k eu hei-de começar isto?? Querem ter um fim-de-semana louco pra xuxu?? Hmm?? Memorável?? Se forem dos arredores de Lisboa eu tenho a solução para vocês!!! Vão de autocarro pra lisboa, não se preocupem a malta lá tem carro. Pk autocarro?? No autocarro acontece de tudo. Sim tudo. Este sábado um indivíduo foi ao greg no autocarro. Estava eu muito bem, a preparar-me pra dormir uma sesta durante a viagem e eis se não quando há uma personagem três bancos à minha frente k do nada decide largar um jacto de vómito, cagando todo o vidro ao seu lado e o banco da frente, tendo terminado a sua tão genial intervenção no chão do autocarro. Pensei para comigo: "Começou a rambóia, o pandan." Depois, chegado a lisboa fui ter um calmo jantar em casa de uma amiga minha, com ppl muito bacano, enquanto via o Glorioso dar-me mais uma alegria, desta feita pelos pés do palanca Mantorras, eu adoro este homem. Tava tudo sobre rodas. Depois a malta foi ao aniversário dessa velha glória de Cascais, não, não é o Rui Àguas, é o Nuts, esse belo estabelecimento nocturno k me proporcionou uma das piores noites musicais de sempre, só com mangueiras, para os iliterados só gajos, com pessoal dos Morangos Com Açúcar. Um verdadeiro degredo. Fomos depois para um antro de lagartos. Sim era um sítio com cobertores, cobertores esses pejados de àcaros, esses serezinhos pequeninos, diria mais, microscópicos, k são todos lagartos, pelo menos aqueles eram pois eram verdes. Sim verdes. Esta praga estava a merecer desratização, logo usei um telemóvel de 5ª geração, com isqueiro incluído, tenho k comprar um daqueles, e liguei para o controle anti-pragas da segurança civil. Prontamente acudiram-nos e resolveram o problema mas já era chegada a hora de partir. Lisboa aguardava impávida e serena, o sol já conspurcava as suas sete colinas, o Tejo fluía para o mar perpetuando a eternidade, no céu o éter, o almejar da pureza aguardava, o sono k tinha percorría-me deixando-me perplexo, nunca antes havia sentido tal experiência, à minha frente ela, zangada comigo, era tudo hilariante, estava nervoso. Mas por fim chegámos, acabou a viagem e fui-me deitar.
P.S. : O PES 5 é pra meninos, nunca vi um jogo onde houvessem tantas faltas estúpidas.
Pk "Ba" no título??? ;)
P.S. : O PES 5 é pra meninos, nunca vi um jogo onde houvessem tantas faltas estúpidas.
Pk "Ba" no título??? ;)
sábado, dezembro 03, 2005
Memórias de um puto...
Enquanto o tempo passa
Há um mundo lá fora
Há algo que retraça
E aumenta a demora
Não aguentas esta espera
Este tempo perdido
A tua vida é uma esfera
Que rola enquanto és fodido
Não sabes o que a vida te guarda
Não sabes o que pode acontecer
Só sabes que esta farda
Vai acabar por te foder
Se achas que sabes tudo
Se pensas que consegues o impossível
Fica sabendo que não é com estudo
Que atinges o inatingível
É o conviver que te ensina
A sociedade que te educa
Um dia conheces uma menina
No outro és uma folha caduca
A vida não é uma Primavera
A vida não é um belo sono
A vida não é mais que uma quimera
A vida não passa de um Outono
Por isso te digo
Aguenta a pressão
Nesta vida só arranjas um amigo
E não é esse cabrão
Há um mundo lá fora
Há algo que retraça
E aumenta a demora
Não aguentas esta espera
Este tempo perdido
A tua vida é uma esfera
Que rola enquanto és fodido
Não sabes o que a vida te guarda
Não sabes o que pode acontecer
Só sabes que esta farda
Vai acabar por te foder
Se achas que sabes tudo
Se pensas que consegues o impossível
Fica sabendo que não é com estudo
Que atinges o inatingível
É o conviver que te ensina
A sociedade que te educa
Um dia conheces uma menina
No outro és uma folha caduca
A vida não é uma Primavera
A vida não é um belo sono
A vida não é mais que uma quimera
A vida não passa de um Outono
Por isso te digo
Aguenta a pressão
Nesta vida só arranjas um amigo
E não é esse cabrão
sexta-feira, dezembro 02, 2005
Porquê Brei Zion??
Não sabia como começar este blog, estava nervoso. Sim nervoso. Nervoso como uma virgem na sua primeira vez, com os mamilos rijos, nervosa, ansiosa, contraída... Já me estou a excitar, é melhor parar com isto. Porquê Brei Zion?? Primeiro porque houve um badameco que se lembrou de chamar Ítaca ao seu blog, e esse pulha lembrou-se de vir para aqui escrever antes de mim, segundo porque não sei bem porquê gosto de reggae, gosto, terceiro porque é o título de uma música brutal e quarto porque me apeteceu olha. Achei que ía acalmar a minha fúria de não poder dar ao meu blog o nome que merecia, Ítaca teria lógica, seria a minha casa, o meu destino final na odisseia das minhas divagações, mas Zion é um bom destino também, é um destino mais espiritual ainda, mais profundo, mais legalize, mais nirvana, mais buda, mais jah. E fiquem tranquilos de que quando tiver algo de inteligente a acrescentar não escrevo aqui, guardá-lo-ei para mim. Aqui apenas serão presenteados com a genialidade da parvoíce, do delírio, das divagações de uma mente doente, psicótica, neurótica que vos irá transportar a raciocínios a priori ridículos mas que bem analisados vos trarão perpectivas diferentes de encarar a realidade ou de achá-la banal, efémera e monomaníaca tal e qual ela é, ou então não...
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